terça-feira, 12 de março de 2024

A coragem de abraçar a imperfeição

"Perfeição é a disposição para ser imperfeito." - Lao Tsé


A coragem de não ser perfeit@ ou de assumir nossas imperfeições gera insegurança, ao mesmo tempo que cria um espaço para o crescimento. Nesta reflexão, compartilho uma expressão de dança que, mesmo não sendo perfeita, nutre profundamente a minha alma.


Mas será que a perfeição não reside em ser exatamente quem você é, tal como é?

Quantas vezes sua auto-exigência já o impediu de realizar algo que desejava, por sentir-se inadequad@ ou com medo do fracasso? Ou o fizeram sentir-se indign@ de amor, sucesso ou reconhecimento?


O anseio pela perfeição frequentemente leva a autocríticas e comparações, que vão por sua vez reforçando crenças negativas originadas de experiências difíceis, como "não sou bo@ o suficiente" ou "sou defeituos@", enraizadas ao longo de nossas vidas.


Observo que a busca pela perfeição está intimamente ligada ao desejo de ser vist@ e amad@, e, consequentemente, ao medo da rejeição. Já se perguntou: para quem você deseja ser perfeit@? Por quem busca ser amado e vist@?


Cada um de nós nasce "brilhante como uma estrela", cheio de vida, imbuído de poder pessoal, conectado com nossa essência e força divina. Basta observar as crianças para perceber esse brilho, espontaneidade e confiança na vida.


Contudo, à medida que o tempo avança, vivemos experiências que nos fazem internalizar inseguranças e crenças negativas sobre nós mesmos. E é como se essas inseguranças e crenças se tornassem lentes através das quais enxergamos o mundo, atraindo experiências que reforçam ainda mais essas crenças. 


Vamos nos distanciando tanto de nossa luz que chegamos a esquecer que ela é nossa essência, e que esteve presente o tempo todo. Passamos assim a nos ver e a acreditar em uma versão parcial de nós mesmos, construindo muros e escudos ao redor para nos proteger. E por isso passamos a buscar a perfeição, como se ela não fosse, porque esquecemos que ela já é, e esquecemos como acessá-la. 


Mas agora é o momento de lembrar quem você é, de soltar essas crenças limitadoras, de curar suas feridas, derrubar os muros e baixar os escudos, aceitando quem você é, suas experiências, escolhas, erros e sucessos. Agora é o momento de se reconectar com sua luz, com o amor dentro de ti e com seu poder.


Agora é o momento de brilhar, brilhar como você é, pois você é perfeito exatamente como é. Com todos os defeitos, com todos os erros cometidos, com todas as experiências vividas. Tudo isso o tornou quem é hoje, e certamente muitas pessoas ao seu redor podem se beneficiar da sua luz, aprendizados e experiências.


Não se deixe intimidar por pressões sociais e padrões de beleza, sucesso, inteligência e comportamento considerados "perfeitos", eles são superficiais e ilusórios. Não tema o julgamento dos outros, pois cada um vê a si próprio no outro. Não tema errar, pois são os nossos erros que nos fazem crescer.


Para concluir, compartilho um trecho impactante de um livro de Marianne Williamson, que me acompanha há muito tempo:


"É a nossa luz e não nossa sombra o que mais nos assusta. Nosso mais profundo medo não é o de ser inadequado. Nosso mais profundo medo é de sermos poderosos além da medida. É nossa luz e não a nossa sombra que mais nos assusta. Nos perguntamos, quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso?


Na verdade, quem é você para não sê-l@? Você é filh@ de Deus. Você sendo pequen@ não ajuda o mundo. Não há nada de iluminado em diminuir-se para outros não se sintam inseguros ao seu redor.


Nascemos para manifestar a glória de Deus que está em nós. Não está só em alguns de nós, está em todos. E quando permitimos que nossa luz brilhe, nós inconscientemente damos permissão a outras pessoas para fazerem o mesmo.


Quando nos libertamos de nosso medo, nossa presença automaticamente liberta outros." 


Uma jornada linda de reconexão com sua luz e sua perfeição, lembrando que a perfeição não está naquilo que fazemos e sim em quem somos. 


Namaste!

Narjara Thamiz


segunda-feira, 11 de março de 2024

The Courage to Embrace Imperfection



"Perfection is the willingness to be imperfect." - Lao Tzu

Having the courage to embrace imperfection and accept our flaws can make us feel insecure, but it also fosters growth. In this reflection, I share a dance expression that, while not perfect, deeply nourishes my soul.

But isn't perfection about being exactly who you are, just as you are?

How many times has your self-demand hindered you from pursuing something you desired, out of fear of inadequacy or failure? How often has it made you feel undeserving of love, success, or recognition?

The quest for perfection often leads to self-judgment and unfavorable comparisons with others. Negative beliefs stemming from difficult experiences, such as "I'm not good enough" or "I'm defective," can become deeply ingrained over time.

The desire for perfection is closely tied to the need for acknowledgment and love, coupled with the fear of rejection. Consider: Who do you strive to be perfect for? Whose approval and love are you seeking?

Each of us is born radiant, like a star, with innate personal power and a connection to our essence and divine strength. Observe children, and you'll witness their brightness, spontaneity, and confidence in life.

Yet, as time passes, life experiences cause us to internalize insecurities and negative beliefs. These, in turn, become lenses through which we view the world, attracting experiences that reinforce these beliefs. We forget our innate light and perfection.

Now is the time to remember who you are, shedding limiting beliefs, healing wounds, and dismantling walls. Embrace your true self with all its flaws, mistakes, experiences, and successes. Connect with your light and the love within, acknowledging your power.

Do not be swayed by superficial societal pressures or standards of perfection. Disregard the fear of judgment, for criticism often reflects the insecurities of the critic. Embrace mistakes, as they are stepping stones to growth.

To conclude, consider this insightful passage from Marianne Williamson's book:

"It is our light and not our shadow that scares us most. Our deepest fear is not that we are inadequate, but that we are powerful beyond measure... when we allow our light to shine, we unconsciously give other people permission to do the same."

Embark on a beautiful journey of reconnection with your light and perfection, remembering that perfection lies not in what we do but in who we are.

Namaste!



Narjara Thamiz

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

The rebirth of the spirit



My feet set foot on Bahia's soil almost a decade later, soil that witnessed my birth as a wife and mother. And which now bear witness to my rebirth as a spirit. The colors, flavours and beauty intoxicate my senses, the waterfall washes my soul, the sea and the sun energize my body, and power plants allow me to see the completeness of my soul, presenting me with what I still need to heal. The power of the earth, the plants, the forest, the waters and the sky connect me to mother earth, but it is the power of relationships that transforms me. It is through deep conversations, loving hugs and glances that recognize each other that I can see myself again, who I once was and who I still am after a long period of sleep.

In the new steps are the old footprints, which remain. Past, present and future now coexist. Paradoxes of a fertile land with hunger. Of natural beauty being degraded. The search for more connection, and segregation. The search for a simple life without giving up luxury. I notice the different masks I wear, but I don't identify with them. I know that behind them lies the real me. My complete, non-dual self, my soul. My soul that now cries out for freedom, that wants to occupy its space in the fullness of its expression. Beautiful, it dances inside me, showing itself little by little, carving out its own space. But why do we hide behind masks? Why do our fears, the desire to belong, to be accepted and loved, the need to fit in with society or family, and to fulfill the expectations placed on us, trap us in our masks and make us diminish ourselves and hide? What does each of us need in order to know what we already know deep down? We are complete. What do I need to assume that? Find the courage to say what you feel, risk being who you are, follow the call of your heart and let your soul express itself. Getting out of your comfort zone is challenging and transformative, because outside the comfort zone, we are confronted with the new, the different, and this shows us other parts of ourselves. So allow yourself to dive into the unknown and surf the uncertainties. In life, everything is change, flux and uncertainty. When we try to stop this flow, we disconnect from ourselves and deteriorate, just like water, which rots when it stands still. You are ready to let go of the crutches, open the new doors, dream the new dream and live your purpose, a voice tells me. And I'm sure that applies to you reading this as well.

A wave of happiness and gratitude invades my body, for feeling complete, out of time, at home, in my house/soul, connected to God, this force that rules the universe. Fear falls away and in its place, finally, clarity and the strength to move forward, always forward, trusting that everything is when and how it should be. Now!


Namaste Narjara Thamiz















  





Namastê

Narjara Thamiz

Renascimento Espiritual

Os pés pisam em solos Baianos quase uma década mais tarde, solos que testemunharam o meu nascimento como esposa e como mãe. E que agora testemunham o meu renascimento como espírito.


As cores, os sabores e a beleza embriagam meus sentidos, a cachoeira lava minha alma, o mar e o sol energizam meu corpo, e plantas de poder me permitem ver a completude de minha alma, me apresentando o que ainda preciso curar. 


O poder da terra, das plantas, da mata, das águas e do céu me ligam a mãe terra, mas é o poder das relações que transforma, é através das conversas profundas, dos abraços amorosos e dos olhares que se reconhecem que posso me ver de novo, quem já fui um dia e quem ainda sou, após um longo período de sono. 


Nos novos passos estão as antigas pegadas, que permanecem. Passado, presente e futuro coexistem, agora.


Paradoxos de uma terra fértil com fome. Da beleza natural sendo degradada. Da busca por mais conexão, e segregação. Da busca por uma vida simples, sem abrir mão do luxo.  


Percebo as diferentes máscaras que utilizo, mas não me identifico com elas. Sei que por trás delas, está o meu verdadeiro EU. EU completo em si, não dual, a minha alma. 


Minha alma que agora grita por liberdade, que deseja ocupar seu espaço na plenitude de sua expressão. Linda, dança dentro de mim, se mostrando pouco a pouco cavando seu espaço.


Mas porque nos escondemos atrás das máscaras? Porque os nossos medos, o desejo de pertencer, de ser aceito e amado, a necessidade de caber na sociedade ou família, e de cumprir com as expectativas que recaem sobre nós, nos aprisionam as nossas máscaras e nos fazem nos diminuir e esconder?

O que cada um de nós precisa para saber o que já sabe lá no fundo? Somos completos. O que eu preciso para assumir isso? 


Acesse a coragem de falar o que sente, arrisque ser quem é, siga o chamado do seu coração e deixe sua alma se expressar.


Sair da zona de conforto é desafiador e transformador, porque fora da zona de conforto, nos confrontamos com o novo, com o diferente e isso nos mostra outras partes de nós. Então permita-se mergulhar no desconhecido e surfar nas incertezas. 

Na vida tudo é mudança, fluxo, incerteza. Quando tentamos frear esse fluxo, nos desconectamos de nós e deterioramos, assim como a água, que quando parada apodrece. 


Você está pronta para soltar as muletas, abrir as novas portas, sonhar o novo sonho e viver o seu propósito, uma voz me diz. E tenho certeza que isso vale para você que está lendo esse texto também.   


Uma onda de felicidade e gratidão invade meu corpo, por me sentir completa, fora do tempo, em casa, em minha casa/alma, conectada a Deus, essa força que rege o universo. O medo se desfaz e em seu lugar, finalmente a clareza e a força para seguir adiante, sempre adiante, confiando de que tudo é quando deve ser. Agora!


Namastê

Narjara Thamiz