Qual o Sentido da Vida?

Existe uma pergunta que me faço há muito tempo. Qual o sentido da vida?

Alguns dizem que a vida é para ser desfrutada, outros dizem que o sentido é ser feliz, alguns dizem que é amar e estar a serviço das outras vidas, e ainda tem os que dizem que a vida simplesmente não tem sentido.

Vejo que o sentido da vida pode ser tudo isso e mais, porque pra mim, o sentido da nossa existência mora dentro de cada um de nós. E percebo que quando não atribuimos nenhum sentido, significado ou propósito para nossas vidas, parace que vivemos num vazio sem fim...

Vazio que vamos tentando preencher com novas experiências, novos relacionamentos, adquirindo novas coisas... mas cada vez, precisamos mais e mais dessas coisas, porque quanto mais buscamos fora, mais aumenta o vazio por dentro.

Muitas vezes parece que estamos sozinhos em nossas caminhadas, até nos sentimos assim, mas cada um de nós tem sim um sentido para sua vida, uma missão a cumprir, que é só nossa... parte de nossa história. Podemos compartilhar nossa jornada com outras pessoas, mas nunca dividir ou abandonar nossa responsabilidade por ela, e nesse sentido, sim, estamos “sozinhos”.

Mas se olharmos bem fundo dentro de nós ou a nossa volta, teremos a certeza de que nunca estamos sozinhos... quando sentimos a brisa no rosto, o calor do sol, quando vemos a beleza do universo, quando temos um insight ou uma inspiração, quando aparece justo o que precisamos... assim nossos anjos, guias e guardiões se comunicam conosco. E nunca nos deixam só, mesmo que neles não acreditemos... nunca estaremos só, mesmo quando não temos ninguém ao lado, mesmo quando temos que remar contra a maré...

Em minhas buscas pelo meu sentido de vida, cheguei à algumas respostas...Vejo a vida como um lindo presente de Deus, que nos dá a oportunidade de ampliar nossa consciência e evoluir em nossa jornada, como pessoas, mas mais importante, como almas.

A vida é uma dança que nos apresenta muitos ritmos e caminhos, como oportunidades para irmos removendo os véus que nos envolvem e tapam nossa visão... quando dançamos em seu ritmo, os véus vão caindo, um a um, e nos desvelamos em um caminho harmônico de ganho de consciência, plenitude e felicidade, mesmo com as dificuldades.

Assim, como somos em essência divinos, mas nos esquecemos disso, intuo que ganhamos a vida para redescobrir quem nós verdadeiramente somos e para aprender cada vez mais com todos os desafios que vivemos, e quando logramos isso, compartilhar e nos disponibilizar para contribuir com o processo de consciência de outros.

QUAL O SENTIDO DE SUA VIDA?

Namastê!

Narjara Thamiz

Comentários

Anônimo disse…
O verdadeiro sentido da vida somos nós. A cada instante se renovando, buscando seu auto-conhecimento, sendo mutável, se adptando. A nossa vida é um espelho daquilo que efetivamente somos. Nossos gostos, gestos, atitudes e também fé.

Pessoas sem gostos, gestos, atitudes e fé, não vivem. Ficam amuadas dentro de uma perspectiva solitária, sem valor nem conhecimento daquilo que é mais importante para qualquer ser humano, a sua vida.

É você que faz dela o seu sentido, você trilha caminhos onde o aprendizado se faz e o mundo se vislumbra de modo antagônico aos desejos de outros. Você é o responsável por isso...por dar o sentido da vida.

Espalhar, comunicar, deixar sua contribuição para o mundo também é dar um sentido a vida, sua e principalmente, dos outros. E Ele, certamente, coroará este espírito e abençoará aquilo que nós chamamos simplesmente de vida. Augusto Roque
André Canacar disse…
ECO-SIMPLICIDADE

O que se opõe à nossa cultura de excessos e complicações é a vivência da simplicidade, a mais humana de todas as virtudes, presente em todas as demais.
A simplicidade exige uma atitude de anti-cultura pois vivemos enredados em todo tipo de produtos e de propagandas. A simplicidade nos desperta a viver consoante nossas necessidades básicas. Se todos perseguissem esse preceito, a Terra seria suficiente para todos. Bem dizia Gandhi:”temos que aprender a viver mais simplesmente para que os outros simplesmente possam viver”.
A simplicidade sempre foi criadora de excelência espiritual e de liberdade interior. Henry David Thoreau(+1862) que viveu dois anos em sua cabana na floresta junto a Walden Pond, atendendo estritamente às necessidades vitais, recomenda incessantemente em seu famoso livro-testemunho: Walden ou a vida na floresta: “simplicidade, simplicidade, simplicidade”. Atesta que a simplicidade sempre foi o apanágio de todos os sábios e santos. De fato, extremamente simples eram Buda, Jesus, Francisco de Assis, Gandhi e Chico Mendes entre outros.
Como hoje tocamos já nos limites da Terra, se quisermos continuar a viver sobre ela, precisamos seguir o evangelho da eco-simplicidade, bem resumida nos três “erres” propostos pela Carta da Terra:”reduzir, reutilizar e reciclar” tudo o que usamos e consumimos.
Trata-se de fazer uma opção pela simplicidade voluntária que é um verdadeiro caminho espiritual. Esta eco-simplicidade vive de fé, de esperança e de amor. A fé nos faz entender que nosso trabalho, por simples que seja, é incorporado ao trabalho do Criador que em cada momento ativa as energias que produzem o processo de evolução.
A eco-simplicidade nos faz descobrir o amor como a grande força unitiva do universo e de Gaia. Esse amor faz com que todos os seres convivam e se complementem. Na modernidade, nós nos imaginávamos o sujeito do pensamento e a Terra o seu objeto. A nova cosmologia nos afirma que a Terra é o grande sujeito vivo que através de nós sente, ama, pensa, cuida e venera. Consequentemente, importa pensarmos como Terra, sentirmos como Terra, amarmos como Terra pois, na verdade, somos Terra, espécie homo, feito de húmus, de terra boa e fértil.
Ao sentirmo-nos Terra, vivemos uma experiência de não-dualidade que é expressão de uma radical simplicidade. Algo da montanha, do mar, do ar, da árvore, do animal, do outro e de Deus está em nós. Formamos o grande Todo. Uma moderna legenda dá corpo a estas reflexões:
Certa feita, um jovem iniciante na eco-simplicidade, foi visitado, em sonho, pelo Cristo ressuscitado e cósmico. Este o convidou para caminharem juntos pelo jardim. Depois de andarem por longo tempo, observando, encantados, a luz que se filtrava por entre as folhas, perguntou o jovem: "Senhor, quando andavas pelos caminhos da Palestina, disseste, certa feita, que voltarias um dia. Está demorando tanto esta tua volta! Quando, finalmente, retornarás, de verdade, Senhor"? Depois de momentos de silêncio que pareciam uma eternidade, o Senhor respondeu: "Meu irmão, quando para ti, minha presença no universo e na natureza for tão evidente quanto a luz que ilumina este jardim; quando minha presença sob a tua pele e no teu coração for tão real quanto a minha presença aqui e agora; quando não precisares pensar mais nela nem fazeres perguntas como esta que fizeste, então, meu irmãozinho querido, perceberas que estou aqui”.
* Leonardo Boff é teólogo, escritor, professor emérito de ética da UERJ e membro da Comissão da Carta da Terra.

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